Gesneriaceae

Sinningia velutina Lindl.

VU

EOO:

0,00 Km2

AOO:

8,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

O holotypus foi descrito a parti de uma planta em cultivo e depositada no Herbário de Chicago. A redescoberta da espécie na natureza foi realizada em 2012 (I.G. Costa, 192) na APA de Sapiatiba.

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2017
Avaliador: Patricia da Rosa
Revisor: Marta Moraes
Critério: D2
Categoria: VU
Justificativa:

Espécie herbácea rupícola é endêmica do estado do Rio de Janeiro e restrita ao município de São Pedro da Aldeia, na APA da Serra de Sapiatiba. Está associada a Floresta Ombrófila, ocorrendo sobre afloramento rochoso (Flora do Brasil 2020 em construção, 2017). Apresenta AOO=4 km² e está sujeita a apenas uma situação de ameaça. A região dos Lagos apresenta nas últimas quatro décadas um ritmo de crescimento bem acima da média estadual e mesmo nacional, em decorrência dos royalties da exploração de petróleo e da expansão urbana resultante do aumento do turismo de veraneio, que influenciou toda a infraestrutura urbana (Ribeiro e Oliveira, 2009). Além disso, na região da APA de Sapiatiba há diversas fazendas de pecuária de corte e pequenos sítios (C. F. Sá com. pess.). Medidas de proteção da espécie necessitam ser tomadas para evitar uma avaliação com grau de ameaça mais elevado ou a extinção da espécie. Sugere-se a prospecção de mais indivíduos na região.

Último avistamento: 2012
Quantidade de locations: 1
Possivelmente extinta? Não

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Espécie descrita em Botanical Register; consisting of coloured. 13: sub. t. 1112. 1827. Espécie indicada pelo especialista A. Chautems.

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Não
Detalhes: As espécies do gênero Sinningia apresentam admiradores pelo mundo e pequeno número de cultivadores, sendo que a coleta depredatória não é considerada uma ameaça incidente a espécie (A. Chautems com. pes.).

Ecologia:

Substrato: rupicolous
Forma de vida: herb
Longevidade: unkown
Luminosidade: heliophytic
Biomas: Mata Atlântica
Vegetação: Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial)
Fitofisionomia: Afloramento Rochoso
Habitats: 1 Forest
Clone: unkown
Rebrotar: unkown
Detalhes: A espécie está associada a vegetação de Floresta Ombrófila na APA Sapiatiba (Chautems, 2016), fora dos limites do Parque Estadual da Costa do Sol, na região dos Lagos do estado. Ocorre sobre afloramento rochoso e é heliófila. A espécie era conhecida apenas pela sua coleção tipo, realizada a partir de material de cultivo do século XIX, até sua redescoberta em 2012 (I.G. Costa, 192).
Referências:
  1. Chautems, A. Sinningia velutina in: Flora 2020 em construção. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB600334. Acesso em: 25/11/2016

Reprodução:

Fenologia: flowering (Nov~Nov)
Síndrome de polinização:
Sistema: unkown

Ameaças (3):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 1.1 Housing & urban areas habitat,occurrence past,present regional very high
O adensamento populacional na Região dos Lagos vem crescendo consideravelmente nas últimas décadas, em função, principalmente, de investimentos na infraestrutura de transporte, que facilitou o investimento imobiliário (Davidovich, 2001). A Região dos Lagos vem apresentando nas últimas quatro décadas um ritmo de crescimento bem acima da média estadual e mesmo nacional, em decorrência dos royalties da exploração de petróleo na plataforma continental, mas sobretudo por sua vocação para o turismo em sua orla marítima, que influenciou toda sua infra-estrutura urbana (Ribeiro e Oliveira, 2009). As áreas antrópicas recobrem cerca de 60% da área da região de Cabo Frio, e arredores, um importante centro de biodiversidade mundial (Bohrer et al., 2015). As áreas antrópicas recobrem cerca de 60% da área do Centro de Diversidade Vegetal (Bohrer et al., 2015). As áreas mais afetadas estão localizada nas sedes municipais, no entorno da Lagoa de Araruama, ao longo das rodovias RJ 106 e RJ 140 e nas áreas costeiras (Bohrer et al., 2015). A vegetação de Restinga, outrora existente entre os municípios de Cabo Frio e Casimiro de Abreu, foram praticamente eliminadas nos últimos 20 anos. O principal motivo para essa perda foi a acentuada crescimento de empreendimentos imobiliários e loteamentos que hoje dominam o cenário local (Leme, 2000).
Referências:
  1. Bohrer, C.B. de A., Dantas, H.G.R., Cronemberger, F.M., Vicens, R.S., Andrade, S.F. de. 2015. Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro Mapeamento da vegetação e do uso do solo no Centro de Diversidade Vegetal de Cabo Frio , Rio de Janeiro. Rodriguésia 60, 1–23. Davidovich, F. 2001. Metrópole e território : metropolização do espaço no Rio de Janeiro. Cad. Metrópole 6, 67–77. Ribeiro, G., Oliveira, L.D. de. 2009. As Territorialidades da Metrópole no Século XXI: Tensões entre o Tradicional e o Moderno na Cidade de Cabo Frio-RJ. Geo UERJ 3, 108–127. Leme, E.M.C. 2000. Niudularium - bromélias da Mata Atlântica, in: Niudularium - Bromélias Da Mata Atlântica. Sextante, Rio de Janeiro, RJ.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 2 Agriculture & aquaculture occupancy,occurrence past,present regional medium
A região da APA Sapiatiba apresenta diversas fazendas e sítios de diferentes tamanhos que produzem gado e agricultura de subsistência. Próximo a trilha da torre, onde a espécie foi coletada há uma fazenda de pecuária de gado de corte (Farney com. pess.).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 1.3 Tourism & recreation areas habitat present local low
A trilha da torre é uma estrada de terra utilizada por funcionários que realizam a manutenção da torre de telefonia. A estrada apresenta acesso restrito a funcionários e conhecidos, pois poucos tem acesso ao cadeado da porteira no início da estrada. Porém o turismo para apreciação da vista tem crescido na estrada da trilha. A espécie por se encontrar em área de afloramento rochoso na beira da trilha pode sofrer com a coleta por visitantes, devido sua beleza (Farney com. pess.)

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1.1 Site/area protection on going
A trilha da torre é uma estrada de terra utilizada por funcionários que realizam a manutenção da torre de telefonia. A estrada apresenta acesso restrito a funcionários e conhecidos, pois poucos tem acesso ao cadeado da porteira no início da estrada. Porém o turismo para apreciação da vista tem crescido na estrada da trilha (Cyl Farney Sá com. pes.)
Ação Situação
1.1 Site/area protection needed
A inclusão da mata da área da APA Sapiatiba ao Parque Estadual da Costa do Sol é requerida por estudiosos da área, buscando assim, maior nível de proteção desta mata de encosta de no máximo 30 m.s.m.

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
17. Unknown